sexta-feira, 18 de novembro de 2011

20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra


O Dia Nacional da Consciência Negra é comemorado no Brasil em 20 de novembro. A data é dedicada à reflexão do papel do negro na sociedade. O dia faz parte da Semana da Consciência Negra. Diversos movimentos sociais e organizações promovem atividades que destacam a cultura negra. O dia escolhido relembra a morte de Zumbi dos Palmares, em 1695.
Mas, já que citamos uma referencia negra brasileira não pude deixar de lembrar de histórias e pessoas vitais na sociedade para a evolução política e social se modificasse levando integridade, respeito e dignidade aos negros.
Historicamente uma obra de sucesso da literatura afro-americana: "Negras Raízes", de Alex Haley história de Kunta Kinte, o jovem príncipe, filho de Omoro e Binta, que vivia na aldeia Juffure, a quatro dias de Gâmbia, na África do Sul. Pude revê-lo se distanciando, mata adentro, em busca de um tronco para fazer um tambor. Sofri com ele o horror da captura, a resistência à mudança de identidade, o desespero nos porões do navio negreiro, o desembarque no porto de Annapolis, em Maryland, a venda, as chibatadas e o drama vivido no Novo Mundo.
A gente pode ler o romance como grande romance de saborosa aventura, uma saga comovente. Muito bem escrito, é dezenas de vezes ainda mais saboroso que a história fi lmada e exibida na TV. Mas também pode inverter o jogo proposto pelo autor e começar pelo fi m, quando Alex Haley revela que ter ouvido a história da bisavó, Kizzy, filha de Kunta Kinte. Escravizada e estuprada pelo senhor da fazenda, ela teve um fi lho mestiço a quem transmitiu o orgulho de pertencer àquela linhagem. Orgulho que chegou até o autor e o estimulou a escrever sua obra-prima. Essa saga ganha um sentido ainda maior se pensarmos no menino Alex, nascido em 1921, prestando atenção nas histórias da "bisa" e sonhando com a riqueza de sua própria raiz. Por 20 anos, ele trabalhou na guarda costeira americana e no tempo livre escrevia. Ao reformar-se, em 1959, tornou-se jornalista e fez textos para várias revistas até a publicação de A Autobiografi a de Malcom X. Daí, iniciou o projeto do resgate de Kunta Kinte e da própria história: 12 anos de pesquisas em bibliotecas e viagens à África. Um ritual que passa pela aldeia de Juffure e culmina com o autor em Annapolis, em 29 de setembro de 1967, ao completar 200 anos do desembarque de Kinte. Alex Haley morreu em 1992.

Além dele podemos citar:A tragédia sempre foi uma constante na vida de Malcolm Little, que passou para a história como um dos grandes líderes dos negros norte-americanos com o nome de Malcolm X. Quando tinha apenas seis anos e brincava pelas ruas de Omaha, o seu pai, Earl Little, foi assassinado. Após sofrer um brutal espancamento, Earl Little teve o seu corpo atirado em uma linha de trem. Órfão (na época sua mãe fazia tratamento em um hospital psiquiátrico), Malcolm e seus sete irmãos foram morar em orfanatos. Pouco tempo depois, com uma irmã mais velha, foi morar em Boston. Depois, transferiu-se para o Harlem, bairro de maioria negra em Nova Iorque.

Na adolescência, trabalhou como engraxate e começou a beber, a fumar e a comercializar drogas, principalmente maconha, além de freqüentar casas de prostituição. Escapou do serviço militar fingindo-se de "louco". Na mesma época, começou a praticar pequenos assaltos no Harlem. Com mais três amigos, todos muito pobres, passou a assaltar residências, até que acabou sendo preso, em 1946. Foi justamente na prisão que ocorreu uma grande transformação na vida de Malcolm X. De assaltante e vendedor de drogas, passou a estudar o islamismo, seguindo os ensinamentos de Elijah Muhammed, líder da "Nação do Islã". Ao sair da cadeira, em 1952, Malcolm X transformou-se em um dos mais carismáticos líderes negros dos Estados Unidos.

Enquanto Martin Luther King apostava em uma resistência pacífica como arma para enfrentar o racismo, Malcolm X defendia a separação das raças, a independência econômica e a criação de um Estado autônomo para os negros. Ao lado de Elijah Muhammed, viaja pelos principais estados norte-americanos para pregar as suas idéias e defender a libertação dos negros.

O projeto não foi à frente, mas deu ainda mais fama ao ativista. Em 1964, já casado fundou a organização "Muslim Mosque Inc" e, mais tarde, a "Afro-American Unity". Um ano antes, após uma viagem para Meca, cidade sagrada dos muçulmanos, mudou o seu nome para Al Hajj Malik Al-Habazz. A partir daí, passou a defender uma posição conciliatória em relação aos brancos, fato que o deixou isolado, sobretudo em relação ao islamismo.

No dia 21 de fevereiro de 1965, quando discursava no Harlem, Malcolm X foi assassinado com 13 tiros, ao lado de sua mulher Betty, que estava grávida, e de suas quatro filhas. A Polícia dos Estados Unidos não encontrou provas, mas sempre suspeitou da participação da "Nação Islã" no crime. As idéias de Malcolm X foram muito divulgadas principalmente nos anos 70, por movimentos como "Black Power" e "Panteras Negras". A vida do ativista norte-americano também ganhou documentários e filmes, sendo "Malcolm X", dirigido por Spike Lee, em 1992, o mais famoso.

E por fim:

Cada dia é o dia do julgamento, e nós, com nossos atos e nossas palavras, com nosso silêncio e nossa voz, vamos escrevendo continuamente o livro da vida. A luz veio ao mundo e cada um de nós deve decidir se quer caminhar na luz do altruísmo construtivo ou nas trevas do egoísmo. Portanto, a mais urgente pergunta a ser feita nesta vida é: 'O que fiz hoje pelos outros?

Martin Luther King


Definição de filho por José Saramago:



"Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo ! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo".

NUPESC

Divulguem e participe!
Desde o início de 2011, um grupo de pessoas oriundas de diversas áreas, promoveu a constituição de um grupo de estudos e pesquisa sobre estudo das ciências e campos afins. Desde então, este grupo tem se articulado na realização de estudos e pesquisas, promovendo eventos, a articulação e o diálogo em torno de temas e situações-problema compartilhada desde a Educação Básica até a Pós-Graduação; os fundamentos e princípios didáticos que perpassam os processos de ensino-aprendizagem das ciências; epistemologia, filosofia, história das ciências e metodologia, pesquisas técnicas e tecnológicas. O grupo possui três características que merecem destaque:
  1. a diversidade disciplinar das formações e ações;
  2. o caráter inter e trans institucional, na forma da articulação e contato com professores e pesquisadores de diferentes instituições acadêmicas ou de pesquisas;
  3. fortalecimento de estudos e ações propositivas compartilhadas no campo da epistemologia e ensino/pesquisa de ciências. Propõe-se a articulação entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão.
O Núcleo de Pesquisa de Ciências é composto por Diretores e Conselheiros Fiscais:
Diretores
Bruno Dias (Diretor Executivo)
Bruna Mayato (Diretora Administrativa)
Claudia Antunes (Diretora Financeira)
Bruno Moreira (Diretoria Sócio-Cultural)
Leandro Dias (Diretoria de Mobilização e Divulgação)
Conselheiros Fiscais
Elaine Sampaio (Auditora Fiscal)
Antonio Carlos (Conselheiro Fiscal)
Imileide Boas (Conselheiro Fiscal)

Sejam bem vindos!

Pessoal bom dia!
Numa retomada histórica e inefável venho expor emocionada o retorno deste blog.
Há alguns anos atrás montei este espaço com o intuito de discutir, expor, ouvir as coisas pelas quais estava engajada.
Hoje, com a vida completamente diferente, quero buscar essa essencia que por vários motivos deixei plantada em vários caminhos.
Lembrei de uma música e como uma "cavalheira andante" resolvi compartilhá-la com todos que amo e dividem este espaço comigo...

Romaria

É de sonho e de pó
O destino de um só
Feito eu perdido em pensamentos
sobre o meu cavalo
É de laço e de nó
de gibeira o jiló
dessa vida cumprida a só

Sou caipira, Pirapora Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
o trem da minha vida
Sou caipira, Pirapora Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
o trem da minha vida

O meu pai foi peão
Minha mãe solidão
Meus irmãos perderam-se na vida
A custa de aventuras
Descasei, joguei, investi, desisti
se há sorte, não sei, nunca vi

Sou caipira, Pirapora Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
o trem da minha vida
Sou caipira, Pirapora Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
o trem da minha vida

Me disseram porém
se eu viesse aqui
prá pedir de romaria e prece
paz nos desaventos

como eu não sei rezar
só queria mostrar
meu olhar, meu olhar, meu olhar

Sou caipira, Pirapora Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
o trem da minha vida
Sou caipira, Pirapora Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
o trem da minha vida
Composição: Renato Teixeira

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Estampas Eucalol

Estampas Eucalol

Composição: Xangai

Cantoria - Estampas Eucalol

Montado no meu cavalo
Libertava prometeu
Toureava o minotauro
Era amigo de teseu
Viajava o mundo inteiro
Nas estampas eucalol
A sombra de um abacateiro
Ícaro fugia do sol.
Subia o monte Olimpo
Ribanceira lá do quintal
Mergulhava até netuno
No oceano abissal
São Jorge ia prá lua
Lutar contra o dragão
São Jorge quase morria
Mas eu lhe dava a mão
E voltava trazendo a moça
Com quem ia me casar
Era minha professora
Que roubei do Rei Lear.

sábado, 30 de junho de 2007

A mulher e o seu papel numa sociedade hierarquicamente machista




Esta semana foi divulgado pela mídia o fato da empregada doméstica ter sido espancada por jovens da classe média. Digo isto porque com certeza este não foi o primeiro e não será o ultimo caso de espancamento de mulheres, muita das vezes não divulgados, sendo elas, na maioria dos casos, pobres e negras, surradas por jovens de classe média da Barra da Tijuca e universitários, homens que legitimados por uma sociedade machista e ainda patriarcal, se acham no direito de espancar mulheres que, segundo eles, são na maioria das vezes prostitutas, ou seja, estão a margem e não possuem ninguém por elas.


Jovens, espelho de uma sociedade corrupta e que não prestam atenção em seus filhos, não conseguem entender que a sociedade se constrói com a família e o dialogo é uma das melhores formas de se resolver pequenos e grandes problemas.


O problema maior é quando esses mesmos jovens transferem todas as suas possíveis revoltas para pessoas inocentes e mesmo sendo presos, serão daqui a algum tendo substituído pela mídia por alguma guerra do tráfico de drogas no RJ, tema tão comentado.


Quando chega nesse não-limite é algo a ser analisado, qual o papel do Estado neste caso? Como a sociedade está divida? Classes de gêneros?brancos e negros?ricos e pobres? Qual a consciência social quanto a tudo isso?


Nas reportagens que acompanhei durante a semana pude observar o medo do taxista que anotou a placa dos rapazes que bateram na empregada doméstica, pois sabemos que a justiça depende para a investigação criminal e burocrática do estado dar continuidade é necessário uma testemunha, e lá vai a pergunta: Como essa pessoa se sente frente ao perigo de testemunhar a favor de um pobre contra 4 rapazes ricos?


O medo, neste caso esta evidente, o outro lado do medo, não mais o medo da burguesia contra a violência urbana, o mendigo, a criança de rua, mas o outro lado, com um outro olhar agora o do pobre olhando para a xenofobia da burguesia, o esteriótipo criado pela sociedade contra a maioria marginalizada.


Transferindo este caso para a história podemos comparar este episódio com a Alemanha nazista e os movimentos criados pós Hitler de jovens que batiam nas classes desfavorecidas com toda legitimidade da população.Fato político marcado por autoritarismo afetivo estremado.


Outro fato curioso é que a mídia não divulgou onde esses jovens estudam...descobri através de professores acadêmicos que estudam em universidades particulares conveniadas com a Rede globo, sendo assim por que será que não houve divulgação?


Bem, a misoginia tão apregoada por um absolutismo cristão misturado com um tomismo consensual, foi utilizada pelos rapazes como justificativa para os atos, ou seja, segundo eles, estavam batendo em uma prostituta, mulher, negra e pobre, que mal há nisso?


Chegando a uma nova questão: Quantas prostitutas não apanham todos os dias e a midia não divulga?


Outra situação que chamou minha atenção foi o depoimento do pai da moça e de um dos rapazes.


O senhor humilde pai da moça espancada disse que hoje os jovens não possuem limites, observei assim a total vulnerabilidade que pessoas pobres estão sujeitas dentro da nossa sociedade. Será que falta ou sobra repressão nesse caso?


Segundo, o pai do rapaz, esse claramente a favor do filho justificando que eram garotos universitário...e daí? Surge a principal pergunta...


Finalmente ou inicialmente, a família transferiu o poder da educação para a escola abdicando de qualquer responsabilidade frente as atitudes de pessoas assim, se o filho dá certo parabéns os pais forma os responsáveis agora se deram errado, para drogas, corrupção, seres marginalizados a culpa é social...


Esse tipo de construção de pensamento me deprime profundamente, como se constrói os limites?


Alguém pode pelo menos iniciar algum questionamento?


Ah, finalmente, ouvi dizer que alguns pediram a tortura desses rapazes...ironicamente lembrei da entrada do exército russo na Alemanha já no final da guerra... quantas mulheres não forma estupradas e mortas por conta do sentimento de vingança que pairava a Europa quanto ao povo alemão?


Mais do mesmo...enfim, o início.




A Educação e o Papel do Educador na sociedade atual



O que faremos?
Qual é realmente o papel do educador nesta sociedade, onde existe a sútil discórdia de gêneros e a frieza das massas quanto a seus governantes?
Qual a identidade que esta sendo contruída perante os estudantes que, ao conversarem com seus professores, descobrem a triste face da miséria educacional brasileira?
Qual paz que está sendo passada pela mídia quando se trata de lutas e conflitos dentro do espaço urbano e o que dizer do espaço rural na atual conjuntura politica-social e ideológica???
Questionamentos diarios feitos por muito educadores que não saem do quadrado contruído pela educação tradicional, são feitos e não se chega a nenhuma conclusão.
Assim, quero deixar claro que a minha idéia é tentar questionar, discutir e de alguma forma criar e de forma consensual com outros professores e alunos visualizarem a melhor didatica e a dialética que pode ser usada na sala de aula.
Primeiramente temos que observar que esse termo sala de aula, em linhas gerais, deveria ser inutilizado, pois vivemos em uma sociedade onde há uma grande necessidade de construção de outros espaços para se ensinar as diferentes matérias passadas na escola.
A sala de aula é a rua, viela, favela, beco, esquina, parque, museu, teatro, cinema, campo...
O uso da sala fechada, quadrada, do quadro, do tablado de forma tradicional e hierarquicamente construidos foram feitos para distanciar o aluno de qualquer proximidade com o professor.
A liberdade e autonomia de trocar informações, discutir assuntos relacionados com as diferentes ciências, filosofar, alfabetizar, enfim, discorrer dentro do campo educacional outras alternativas que se utilizem das formas atuais, onde jovens e adultos consigam entender e gostar do espaço que estão estudando.
Nós professores consiguimos ver como a escola na atual conjuntura tornou-se um verdadeiro barril de polvora devido ao seu anacronismo e falta de adaptação da sociedade moderna. é como se a sociedade evoluisse para um campo e a escola para outro, não havendo qualquer junção ou se há adaptação, é de fato algo ainda a ser discutido.
Vemos professores jogando a tolha, esquecendo do seu papel social como cidadão, professor e familiar, o olhar que o professor lança sobre o aluno, muita das vezes, é tão pessimista que não vemos mais a esperança e o afeto e sim discordância e hierarquização.
Temos que ler mais. Ouvir mais as pessoas e principalmente o que num conjunto harmonioso o aluno - o educador e os pais tem pra dizer.
Temos que olhar com uma percepção mais freireana e podemos olhar para forma e ver aqui na América Latina quais modelos de educação que deram e dão certo, como o cubano por exemplo.
A principio so gostaria de deixar minha indignação não com pessoas, mas com sentimentos mesquinhos que são apregoados dentro da escola, como o: autoritarismo extremo, a falta de respeito, a falta de limitação e a delimitação dos espaços, a ignorância e não criatividade, a vaidade e passividade, a discordia e insensibilidade, foram esses lembrados por mim neste momento que devem ser questinados.
Enfim, deixo em aberto o tema para que todos possam me enviar mensagens e comentários.
Vamos tentar fazer algo, não algo imediatista mas algo a ser pensado desde já para que não se estabeleça um caos irreversível.