Essa postagem será um verdadeiro desabafo...
Esta semana li o livro do José Martins de Souza sobre os "Camponeses e a Politica Agrária no Brasil" e fiz algumas reflexões sobre o assunto.
Por exemplo o inicio quando os camponeses viviam duplamente marginalizados, ou seja não eram proprietários e nem serviam para o trabalho escravo, assim como os indios tiveram sua cultura interrompida pela imposição do eurocentrismo que reinou e reina ainda a nossa "querida" civilização americana.
Estou certa de que, como sociologo, Jose Martins, fez uma analise historica e social de um povo no qual, a população urbana, não quer e nem deseja conhecer, infelizmente.
Veja bem, o contexto em que os camponeses vivem é de intença luta pela terra, algo de raiz, identidade e cultura.
Esse povo tem como habito o enraizamento e não somente a terra como capital como fazendeiros, grileiros, a igreja, alguns partido politicos e o Estado. Os camponeses lutam não só por terra, ou o justo direito de ter o que plantar e colher,mas também pelo simples fato de fincar suas raízes históricas, não perdendo a sua dignidade e o silencioso valor de passar adiante aquilo que foi adquirido com o tempo-espaço.
Valores esses que, na sociedade urbana que temos contato, forma se desfazendo com o continuo aumento do desemprego, a desigualdade, miséria, violência e a discrepante falta de consciência de que o outro existe como um complemento.
Somos complementares.
Terra como sinônimo de liberdade! Não conseguimos entender a importância dela, o crescente aumento da favelização como processo continuo do exodo rural e o MST como um movimento de luta a favor do trabalhador que deseja somente ter um lugar para viver dignamente com sua familia!
Bem não posso deixar de citar Chico Mendes (seringueiro) que, como muitos outros, lutaram pela causa campesina brasileira!
Entender sobre este processo é reconstruir a nossa própria história. É não deixar perder a nossa identidade para o grande capital finaceiro internacional que, através da globalização nos impôs programas, alimentos e uma cultura estrangeira, acabando de vez com a cultura nacional!
Não quero ser apelativa, mas não luto e vejo um brasil diferente somente em dias de copa do mundo, ligo sim para a educação e os valores eticos da sociedade.
Quero deixar claro que tudo que tenho em mente procuro passar para pessoas que desejam, de forma realmente democrática, algo melhor, se não for para o mundo, pelo menos dentro da comunidade em que vivemos...