segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Estampas Eucalol

Estampas Eucalol

Composição: Xangai

Cantoria - Estampas Eucalol

Montado no meu cavalo
Libertava prometeu
Toureava o minotauro
Era amigo de teseu
Viajava o mundo inteiro
Nas estampas eucalol
A sombra de um abacateiro
Ícaro fugia do sol.
Subia o monte Olimpo
Ribanceira lá do quintal
Mergulhava até netuno
No oceano abissal
São Jorge ia prá lua
Lutar contra o dragão
São Jorge quase morria
Mas eu lhe dava a mão
E voltava trazendo a moça
Com quem ia me casar
Era minha professora
Que roubei do Rei Lear.

sábado, 30 de junho de 2007

A mulher e o seu papel numa sociedade hierarquicamente machista




Esta semana foi divulgado pela mídia o fato da empregada doméstica ter sido espancada por jovens da classe média. Digo isto porque com certeza este não foi o primeiro e não será o ultimo caso de espancamento de mulheres, muita das vezes não divulgados, sendo elas, na maioria dos casos, pobres e negras, surradas por jovens de classe média da Barra da Tijuca e universitários, homens que legitimados por uma sociedade machista e ainda patriarcal, se acham no direito de espancar mulheres que, segundo eles, são na maioria das vezes prostitutas, ou seja, estão a margem e não possuem ninguém por elas.


Jovens, espelho de uma sociedade corrupta e que não prestam atenção em seus filhos, não conseguem entender que a sociedade se constrói com a família e o dialogo é uma das melhores formas de se resolver pequenos e grandes problemas.


O problema maior é quando esses mesmos jovens transferem todas as suas possíveis revoltas para pessoas inocentes e mesmo sendo presos, serão daqui a algum tendo substituído pela mídia por alguma guerra do tráfico de drogas no RJ, tema tão comentado.


Quando chega nesse não-limite é algo a ser analisado, qual o papel do Estado neste caso? Como a sociedade está divida? Classes de gêneros?brancos e negros?ricos e pobres? Qual a consciência social quanto a tudo isso?


Nas reportagens que acompanhei durante a semana pude observar o medo do taxista que anotou a placa dos rapazes que bateram na empregada doméstica, pois sabemos que a justiça depende para a investigação criminal e burocrática do estado dar continuidade é necessário uma testemunha, e lá vai a pergunta: Como essa pessoa se sente frente ao perigo de testemunhar a favor de um pobre contra 4 rapazes ricos?


O medo, neste caso esta evidente, o outro lado do medo, não mais o medo da burguesia contra a violência urbana, o mendigo, a criança de rua, mas o outro lado, com um outro olhar agora o do pobre olhando para a xenofobia da burguesia, o esteriótipo criado pela sociedade contra a maioria marginalizada.


Transferindo este caso para a história podemos comparar este episódio com a Alemanha nazista e os movimentos criados pós Hitler de jovens que batiam nas classes desfavorecidas com toda legitimidade da população.Fato político marcado por autoritarismo afetivo estremado.


Outro fato curioso é que a mídia não divulgou onde esses jovens estudam...descobri através de professores acadêmicos que estudam em universidades particulares conveniadas com a Rede globo, sendo assim por que será que não houve divulgação?


Bem, a misoginia tão apregoada por um absolutismo cristão misturado com um tomismo consensual, foi utilizada pelos rapazes como justificativa para os atos, ou seja, segundo eles, estavam batendo em uma prostituta, mulher, negra e pobre, que mal há nisso?


Chegando a uma nova questão: Quantas prostitutas não apanham todos os dias e a midia não divulga?


Outra situação que chamou minha atenção foi o depoimento do pai da moça e de um dos rapazes.


O senhor humilde pai da moça espancada disse que hoje os jovens não possuem limites, observei assim a total vulnerabilidade que pessoas pobres estão sujeitas dentro da nossa sociedade. Será que falta ou sobra repressão nesse caso?


Segundo, o pai do rapaz, esse claramente a favor do filho justificando que eram garotos universitário...e daí? Surge a principal pergunta...


Finalmente ou inicialmente, a família transferiu o poder da educação para a escola abdicando de qualquer responsabilidade frente as atitudes de pessoas assim, se o filho dá certo parabéns os pais forma os responsáveis agora se deram errado, para drogas, corrupção, seres marginalizados a culpa é social...


Esse tipo de construção de pensamento me deprime profundamente, como se constrói os limites?


Alguém pode pelo menos iniciar algum questionamento?


Ah, finalmente, ouvi dizer que alguns pediram a tortura desses rapazes...ironicamente lembrei da entrada do exército russo na Alemanha já no final da guerra... quantas mulheres não forma estupradas e mortas por conta do sentimento de vingança que pairava a Europa quanto ao povo alemão?


Mais do mesmo...enfim, o início.




A Educação e o Papel do Educador na sociedade atual



O que faremos?
Qual é realmente o papel do educador nesta sociedade, onde existe a sútil discórdia de gêneros e a frieza das massas quanto a seus governantes?
Qual a identidade que esta sendo contruída perante os estudantes que, ao conversarem com seus professores, descobrem a triste face da miséria educacional brasileira?
Qual paz que está sendo passada pela mídia quando se trata de lutas e conflitos dentro do espaço urbano e o que dizer do espaço rural na atual conjuntura politica-social e ideológica???
Questionamentos diarios feitos por muito educadores que não saem do quadrado contruído pela educação tradicional, são feitos e não se chega a nenhuma conclusão.
Assim, quero deixar claro que a minha idéia é tentar questionar, discutir e de alguma forma criar e de forma consensual com outros professores e alunos visualizarem a melhor didatica e a dialética que pode ser usada na sala de aula.
Primeiramente temos que observar que esse termo sala de aula, em linhas gerais, deveria ser inutilizado, pois vivemos em uma sociedade onde há uma grande necessidade de construção de outros espaços para se ensinar as diferentes matérias passadas na escola.
A sala de aula é a rua, viela, favela, beco, esquina, parque, museu, teatro, cinema, campo...
O uso da sala fechada, quadrada, do quadro, do tablado de forma tradicional e hierarquicamente construidos foram feitos para distanciar o aluno de qualquer proximidade com o professor.
A liberdade e autonomia de trocar informações, discutir assuntos relacionados com as diferentes ciências, filosofar, alfabetizar, enfim, discorrer dentro do campo educacional outras alternativas que se utilizem das formas atuais, onde jovens e adultos consigam entender e gostar do espaço que estão estudando.
Nós professores consiguimos ver como a escola na atual conjuntura tornou-se um verdadeiro barril de polvora devido ao seu anacronismo e falta de adaptação da sociedade moderna. é como se a sociedade evoluisse para um campo e a escola para outro, não havendo qualquer junção ou se há adaptação, é de fato algo ainda a ser discutido.
Vemos professores jogando a tolha, esquecendo do seu papel social como cidadão, professor e familiar, o olhar que o professor lança sobre o aluno, muita das vezes, é tão pessimista que não vemos mais a esperança e o afeto e sim discordância e hierarquização.
Temos que ler mais. Ouvir mais as pessoas e principalmente o que num conjunto harmonioso o aluno - o educador e os pais tem pra dizer.
Temos que olhar com uma percepção mais freireana e podemos olhar para forma e ver aqui na América Latina quais modelos de educação que deram e dão certo, como o cubano por exemplo.
A principio so gostaria de deixar minha indignação não com pessoas, mas com sentimentos mesquinhos que são apregoados dentro da escola, como o: autoritarismo extremo, a falta de respeito, a falta de limitação e a delimitação dos espaços, a ignorância e não criatividade, a vaidade e passividade, a discordia e insensibilidade, foram esses lembrados por mim neste momento que devem ser questinados.
Enfim, deixo em aberto o tema para que todos possam me enviar mensagens e comentários.
Vamos tentar fazer algo, não algo imediatista mas algo a ser pensado desde já para que não se estabeleça um caos irreversível.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Musica boa: Quem não conhece lá vai...

Cordel Do Fogo Encantado - Os Anjos Caídos (ou A Construção Do Caos) Lirinha

Os homens são anjos caídos que Deus mandou para Terra
porque
botaram defeito na criação do mundo. Aqui, começaram a
inventar coisas, a imitar Deus. E Deus ficou zangado,
mandou muita chuva e muito
fogo, eu vi de perto a sua raiva sacra, pois foram
sete dias de trabalho intenso,
eu vi de perto, quando chegava uma noite escura
Só meu candeeiro é quem velava o Seu sono santo
Santo que é Seu nome e Seu sorriso raro
Eu voava alto porque tinha um grande par de asas
Até que um dia caí
E aqui estou nesse terreiro de samba
Ouvindo o trabalho do Céu
E aqui estou nesse terreiro de guerra
Ouvindo o batalha do Céu
Nesse terreiro de anjos caídos
Cá na Terra trabalho é todo dia
Levantar quebrar parede
Matar fome matar a sede
Carregar na cabeça uma bacia
E esse fogo que a Sua boca envia
Pra nossa criação
Deus
Esse terreiro de anjos
Esse errar que é sem fim
Essa paixão tão gigante
Esse amor que é só Seu
Esperando Você chegar
Os Homens aprenderam com Deus a criar e foi com os
Homens que Deus aprendeu
a amar

Flamengo X Botafogo

Engraçado, mas lembrei de um livro "A bola corre mais que os homens" do Roberto da Matta, antropologo, menciona o quanto a população brasileira se mobiliza em periodos de copa.
Nossa, o que eu acho assustador é a energia e vibração que, homens e mulheres em geral, desperdiçam nesses dias inusitados.
Agora você imagina se essa energia fosse gasta para mobilização social? Como votar, desenvolvimento sustentável, planejamento familiar, politicas publicas e ....inumeras outras coisas que agora me fogem da mente???
Tenho pra mim, que nosso querido presidente deve agradecer muito que o futebol brasileiro exista...pois imagina só, no que as pessoas pensariam se não existisse essa "alienação" nos domingos à tarde? O que seria dos politicos da ditadura militar, como médici, sem o novo magnífico Rei Pelé?
Bem, sou botafoguense, mas tenho pra mim que não podemos esquecer que, enquanto o maraca enche, as pessoas ao redor dele morrem por bala perdida, seja dentro da Mangueira ou mesmo estudantes universitarios da UERJ, da CEFET e da Veiga...
Deixo aqui o meu apelo, para o nosso mais responsável governador do Rio, Sérgio Cabral, que não somente reforçe a segurança publica , mas também discuta um planejamento familiar, olhe para a educação publica, para os hospitais publicos e porquê não dizer dos assentamentos rurais do norte e sul fluminense?

Claudia Antunes

Batismo de Sangue

Pra mim, um dos melhore filmes brasileiros feitos sobre a ditadua militar brasileira. principalmente porque narra a história da influência dos franciscanos para a luta a favor da democracia e dos direitos humanos.
Filmes como esse que devemos publicar nas escolas e universidades, não deixando morrer a memória histórica, triste e trágica, que o Brasil vivenciou por um longo período.
Infelizmente, esse tipo de filme só passa na Zona Sul e Barra, deixando transparecer o preconceito que existe em relação ao suburbio e baixada fluminense.
Um cinema que com certeza muitas pessoas não conhece mas, só passa filme cult, é o ponto cine em Guadalupe, depois que conheci assisti varios filmes ali que so passam em lugares inusitados e longe do meu habitat. ( isso foi irônico).
Gostaria de deixar claro que, filmes históricos deveriam ser obrigados a passar nas escolas como complemento das aulas de: literatura, história, geografia, filosofia e sociologia.
Estou certa de que, o Brasil possui uma capacidade indelével de produzir otimos filmes...Este é um imperdível!

Reforma Agraria ou ilusão agraria?

Essa postagem será um verdadeiro desabafo...
Esta semana li o livro do José Martins de Souza sobre os "Camponeses e a Politica Agrária no Brasil" e fiz algumas reflexões sobre o assunto.
Por exemplo o inicio quando os camponeses viviam duplamente marginalizados, ou seja não eram proprietários e nem serviam para o trabalho escravo, assim como os indios tiveram sua cultura interrompida pela imposição do eurocentrismo que reinou e reina ainda a nossa "querida" civilização americana.
Estou certa de que, como sociologo, Jose Martins, fez uma analise historica e social de um povo no qual, a população urbana, não quer e nem deseja conhecer, infelizmente.
Veja bem, o contexto em que os camponeses vivem é de intença luta pela terra, algo de raiz, identidade e cultura.
Esse povo tem como habito o enraizamento e não somente a terra como capital como fazendeiros, grileiros, a igreja, alguns partido politicos e o Estado. Os camponeses lutam não só por terra, ou o justo direito de ter o que plantar e colher,mas também pelo simples fato de fincar suas raízes históricas, não perdendo a sua dignidade e o silencioso valor de passar adiante aquilo que foi adquirido com o tempo-espaço.
Valores esses que, na sociedade urbana que temos contato, forma se desfazendo com o continuo aumento do desemprego, a desigualdade, miséria, violência e a discrepante falta de consciência de que o outro existe como um complemento.
Somos complementares.
Terra como sinônimo de liberdade! Não conseguimos entender a importância dela, o crescente aumento da favelização como processo continuo do exodo rural e o MST como um movimento de luta a favor do trabalhador que deseja somente ter um lugar para viver dignamente com sua familia!
Bem não posso deixar de citar Chico Mendes (seringueiro) que, como muitos outros, lutaram pela causa campesina brasileira!
Entender sobre este processo é reconstruir a nossa própria história. É não deixar perder a nossa identidade para o grande capital finaceiro internacional que, através da globalização nos impôs programas, alimentos e uma cultura estrangeira, acabando de vez com a cultura nacional!
Não quero ser apelativa, mas não luto e vejo um brasil diferente somente em dias de copa do mundo, ligo sim para a educação e os valores eticos da sociedade.
Quero deixar claro que tudo que tenho em mente procuro passar para pessoas que desejam, de forma realmente democrática, algo melhor, se não for para o mundo, pelo menos dentro da comunidade em que vivemos...

Pré Vestibular Ação

Bem, está é aminha primeira postagem e ja gostaria de deixar claro o quanto é de vital importância a existência do pré comunitário.
Bem antes de entrar pra UFF e pra UERJ entrei no comunitário, conheci pessoas maravilhosas, amigos, professores-amigos e até hoje tenho contato com muitos deles...na verdade foi algo extraordinario, pois mudei meus habitos em relação ao estudo, montei um grupo com pessoas que, dentro do curso qeria a todo custo passar.
Foi um ano motivador!
Logo depois passei até para o que eu não queria...rsrs.
Quero deixar bem claro que não foram somente as horas cansativas que passei debruçada nos livros que me fizeram passar. Foram valores como: solidariedade, respeito, disciplina e muita paciência.
Encontrei muitos obstáculos e superei; Vi que os meus eram menores do que o de muita gente e aprendi muito.
Não consigo me imaginar longe de todo esse afetuoso movimento. Gosto de está proximo de pessoas que, mesmo sem condições, consegue superar barreiras para atingir ou se aproximar de seus sonhos.
Estou certa de que, daqui pra frente, terei mais trabalho, pois cada ano que passa e, este é o meu terceiro ano, vejo que as pessoas precisam ainda mais da nossa consciencia sobre a "práxis" social.
Não quero viver rodeado de teorias e deixá-las em minha mente, quero ver as pessoas trocando informações, gosto de esta perto de pessoas que "vivem" o que fazem...Gosto da orientação, de trocas, uma verdadeira simbiose...
Enfim, a cidadania é construida com uma sociedade consciente de que tudo depende dela para que o caos não se fundamente.
Essa frase foi eu que escrevi..rsrs

Claudia Antunes